terça-feira, 23 de junho de 2009

Finalmente...

Bom, eu sei que vou dar um salto enorme nos acontecimentos aqui, mas se não o fizer, esse blog não entra em dia nunca! rs...
Passada a fase da dúvida ... operar ou não operar? Aconteceu com a minha amiga mas não quer dizer que vai acontecer comigo! Eu vivi dias terríveis. Terríveis mesmo. E como já disse, procurei apoio da família e da psicóloga e decidi tocar em frente meu pré-operatório.
Como eu já estava com tudo pronto, só faltava mesmo a última conversa com o Dr. Sérgio. Levei o Rodrigo que, até então tinha os dois pés atrás, e qual não foi a minha surpresa, ele se apaixonou pelo médico e se tornou o maior entusiasta da história. Ótimo! Um aliado muito importante por sinal. Foi tudo que eu quis durante esses dois últimos meses. Um apoio sólido. E eu passei a ter.
Na última consulta o Dr. Sérgio foi super profissional (mais ainda do que ele tinha sido até aqui), expôs todos os riscos, vantagens, etc. Eu continuei topando. E ele marcou a cirurgia para o dia 16 de junho.

E então começou a correria para a autorização do plano de saúde. Aff... aí sim é uma novela mexicana. Agendei a perícia. Terror total do perito da GEAP. Me chamou, ironicamente, de magrinha e disse que o peso ainda estava muito baixo para tal procedimento. Conforme ele foi vendo os exames, deve ter mudado de ideia. O fato é que eu saí de lá com uma autorização prévia. Ainda faltava o "aval" da central. Não sei bem o que quer dizer isso, só sei que deu certo. Dois dias depois estava tudo ok e eu já levei toda a documentação no Hospital JK.
Depois não tive mais com o Dr. Sérgio. Só fui à Mariana, nutricionista. Levei a sogra e a empregada... jurando que elas fossem aprender a fazer as minhas comidinhas! Mas que comidinhas? A única receita com a qual saí de lá foi a do Carrefour... pra comprar gatorade e água de côco!
Mas sim, tudo é lindo quando se sonha com alguma coisa!
E no dia 16 de junho de 2009, acompanhada pelo Rodrigo e meu pai, dei entrada no Hospital JK. Apenas passei meus exames para o anestesista - Dr. Andrade, conversamos um pouco e logo em seguida fui encaminhada para o centro cirúrgico. Só pedi ao médico que não me cedasse antes de ver o Dr. Sérgio. E assim foi... minutos depois ele chegou (posso chamá-lo de fofo???), fofo, adorável, pegou a na minha mão e se desculpou pela demora pq estava batendo papo com o meu pai (que a essa altura também já estaria encantando por ele!). Minhas pernas foram enfaixadas pela instrumentadora Lu e depois disso, apaguei!
A minha cirurgia teve início às 7h30 e terminou por volta das 10h50.
Aos poucos, na sala de recuperação, fui voltando ao mundo!
E que mundo... tinha gente gemendo, gritando, chorando. E eu, querendo fazer tudo isso, só clamava por um cobertor. Ou um aquecedor. Ou qualquer coisa que pudesse aliviar aquele frio insuportável. O frio era maior que a dor ou a dor era maior que o frio? Sinceramente, não sei dizer.
Mas o que vinha no meu pensamento era a conversa que eu tive com o Dr. Sérgio na última consulta e ele me preparou para as 6 piores horas da minha vida. E realmente foram. Mas lembrei também da frase preciosa que ele me disse... "não se esqueça que o próximo minuto será melhor do que passou"! E os minutos foram passando...
Não entendi pq não me levaram para a UTI logo em seguida, afinal, era o combinado. Acontece que depois eu vim a saber que tinha uma pessoa muito mal lá, preferiram me poupar. E eu fui aquela que passei as 6 piores horas da minha vida na sala de recuperação.
Por volta das 5 e meia da tarde, decidiram me encaminhar para a UTI e eu pedi, grogue, que chamassem meu pai e o Rodrigo. E assim tivemos um encontro, completamente grogue, no corredor. Mas sabe, isso encheu meu coração de alegria e eu entrei na UTI como quem vai pra Disney! Feliz, feliz!
A noite lá não foi nada agradável. Como era de se esperar. O que me enlouqueceu foi a sinfonia de apitos. Mas tive a sorte de conhecer enfermeiras formidáveis, super dispostas para trocarem as mil fraldas que usei. E assim que o dia raiou eu pedi pelo amor de Deus pra pular da cama. Todo mundo me olhou torto mas eu disse que foram ordens do Dr. Sérgio. E foram mesmo. Outra coisa que eu jamais vou me esquecer foi ele dizendo... "Abriu os olhos, comece a mexer os pezinhos. E pule da cama!"
Implorei por um banho e fui atendida. Conseguir um kit banho dentro da UTI é mais raro que agulha no palheiro, afinal, normalmente os pacientes de lá mal se mexem. Mas eu consegui. Tudo bem que ninguém desembaraçou o meu cabelo lavado com sabão, mas já estava ótimo. Não reclamei de nada. Nem do fisioterapeuta que me arrastou de sari (leia-se lençóis de UTI envoltos a um corpo, ainda gordo) pelos corredores.
De cinco em cinco minutos eu olhava no relógio, esperando pela hora da visita!
E ela chegou... 12h30 em ponto, lá vem o Dr. Sérgio + papai+ Rô. Sarou tudo! Eu já estava pronta pra ir por quarto. E fui...
E como meu médico disse, cada minuto foi melhor que o outro.
O que muito me incomodou foi o soro no braço. Eu sou péssima de veias e se escapole, já era. Tomei 12 picadas e não encontraram sangue. E nem culpo os coitados dos enfermeiros, eu sempre fui assim. Então não preciso dizer que voltei pra casa cheia de hematomas.
Mas voltei... foram apenas 2 longos dias, mas aqui estou eu.
EM CASA.
Logo volto para contar sobre os primeiros dias.
Beijo grande,
Thá

2 comentários:

  1. Meu Deus... Muita força, determinação e saúde.. Que relato.. Fica com Deus.

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  2. Pós operatório é o ó...
    Já passei por um, não de estômago, mas a meu ver é o pior de tudo!

    Pati.

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